Este tema foi-me sugerido pela mãe de uma grande amiga e percebo bem porquê. Aquilo que dou aqui é mesmo uma opinião pessoal, mas pode ser que ajude...

Então começamos pelo cerne da questão, segundo o infarmed:

O que é um medicamento genérico?

Um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação terapêutica que o medicamento original, de marca, que serviu de referência.

Como reconhecer um medicamento genérico?

Os medicamentos genéricos são identificados pela sigla (MG), inserida na embalagem exterior do medicamento.

Garantia da qualidade, segurança e eficácia

De acordo com o Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, a AIM de medicamentos genéricos está sujeita às mesmas disposições legais dos outros medicamentos, estando dispensada a apresentação de ensaios pré-clínicos e clínicos desde que demonstrada a bioequivalência com base em estudos de biodisponibilidade ou quando estes não forem adequados, equivalência terapêutica por meio de estudos de farmacologia clínica apropriados (estes testes seguem estritamente o disposto nas normas comunitárias) ou outros a solicitar pelo INFARMED.

Quais são as vantagens dos medicamentos genéricos?

- São medicamentos cujas substâncias activas se encontram no mercado há vários anos e que, por essa razão, apresentam maior garantia de efectividade e permitem um melhor conhecimento do respectivo perfil de segurança.
- Apresentam a mesma segurança e eficácia do medicamento de referência, traduzida na demonstração de bioequivalência, através de estudos de biodisponibilidade (Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto).
- São 20 ou 35% mais baratos do que o medicamento de referência, com a mesma forma farmacêutica e igual dosagem caso não exista grupo homogéneo, o que se torna uma vantagem económica, para os utentes porque estes medicamentos são substancialmente mais baratos do que o medicamento de referência, e para o SNS porque permite uma melhor gestão dos recursos disponíveis. No caso de existir grupo homogéneo, o preço de venda ao público é igual ou inferior ao preço de referência desse grupo.
- A prescrição por DCI ou por nome genérico representa uma prescrição de base mais científica e mais racional.
Em suma, os medicamentos genéricos têm a mesma qualidade, eficácia e segurança a um preço inferior ao do medicamento original.

Então se os medicamentos genéricos dão todas estas garantias de segurança, porque é que os médicos continuam tão cépticos em relação a eles?

Eu já debati este tema" n "vezes e conclui o seguinte. Um médico quer o melhor para o seu doente, ou seja, quer que o medicamento que prescreve resolva rapidamente a patologia da qual o doente se queixou. Durante anos testou o medicamento de marca com bons resultados, por isso, porquê arriscar o sucesso da terapia?
Mas a realidade actual responde bem a essa pergunta... Porque não há muitas vezes poder de compra. Alias, não sei se sabem, mas inicialmente a intenção dos genéricos era criar uma concorrência mais barata para obrigar os medicamento de marca a baixar de preço, o que acabou por falhar porque ou não baixaram muito ou foram substituídos por moléculas mais recentes e igualmente caras.

Agora parece-me que o problema dos genéricos é o facto de chegar a haver 50 marcas diferentes para o mesmo principio activo. Baralha os clínicos, baralha as farmácias que não conseguem ter todas e baralha o utente que chega a casa e tem 3 caixas diferentes da mesma coisa e chega a repetir a medicação por pensar que são diferentes! Aqui esta o verdadeiro problema dos genéricos.

Mas porque é que o infarmed permite que haja tantas marcas? Também acho um erro, mas como podem dizer que não as deixam entrar no mercado se na maioria dos casos são muitas vezes feitas na mesma fabrica? Se 10 marcas diferentes vão comprar à mesma fabrica na Índia! Sabiam disto? Pois é, é algo que a industria omite, por isso nem as farmácias nem os médicos sabem onde os medicamentos são mesmo produzidos. Dai que a caixinha verde pode ser igualzinha à branca e à azul!

No entanto entre as varias fabricas pode haver ligeiras diferenças na concentração do principio activo, já que os testes permitem ligeiras variações de concentração dos mesmos. Não significa que sejam melhores ou piores mas podem é deixar de ser adequados aquela pessoa e deixar de lhe resolver o problema.

Para mim, sinceramente a solução é a que tento aplicar na farmácia. Pode-se mudar para um genérico, e se se der bem com ele não se volta a mudar de marca ( os sistemas informáticos da maioria das farmácias permitem fazer esse registo e acompanhamento). Por isso na altura da troca ou do inicio da terapêutica deve-se optar por marcar conhecidas e que dão garantias de ficar no mercado ( ratiopharm, sandoz, mylan por ex.), não só pela questão das concentrações mas também para evitar a tal duplicação de medicação.
Há também, a meu ver 2 excelentes hipóteses de empresas portuguesas a labesfal e a bluepharma, uma vez que têm produção própria e em Portugal! O que significa que é mesmo muito controlado internamente, para além de estarmos a contribuir para o desenvolvimento do país! A Bluepharma, tem ainda a vantagem de ter uma maior variedade de medicamentos e ter certificação da FDA, o que lhe permite exportar para o mercado americano, uma vez que corresponde aos seus elevados padrões de qualidade.

Por isso, genéricos sim, desde que o vosso medico ache que vos resolve o problema e qualquer duvida, exponham-na na farmácia! Estamos lá para ajudar!

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One Response so far.

  1. Gostaria de informar um site que ajuda a poupar em medicamentos nas farmácias online de todo o brasil.

    http://www.maispreco.com


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